Com tecnologias de monitoramento em tempo real, análise de grandes volumes de dados e identificação de padrões comportamentais, a Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de revolucionar as operações de segurança pública. Sua aplicação permite que autoridades tomem decisões mais rápidas e eficazes, elevando a eficiência no combate ao crime.
Ferramentas como o reconhecimento facial possibilitam a identificação de suspeitos em tempo real, enquanto algoritmos preditivos ajudam a antecipar atividades criminosas com base em dados históricos e comportamentais. Além de fortalecer a capacidade de prevenção, essas tecnologias otimizam o uso de recursos, oferecendo respostas mais ágeis e precisas em situações críticas.
A análise de dados em tempo real fornece às equipes de segurança uma visão abrangente e detalhada das dinâmicas de uma cidade, bairro ou região. Com essa capacidade, é possível priorizar áreas de maior risco, maximizando o impacto das ações e otimizando o uso de recursos financeiros e operacionais.
Um exemplo prático desse avanço está no projeto liderado pela Universidade Federal de Alagoas (UFA) para aprimorar a proteção social e em aceleração no Programa IA² MCTI.
Apesar dos benefícios evidentes, a aplicação da IA no setor de segurança pública também traz desafios éticos. A Dra. Nathaly Correia, advogada do Instituto Alagoano de Privacidade e Proteção de Dados, e o Dr. Victor Carvalho, professor e pesquisador da UFA, alertam para os riscos associados ao uso inadequado dessas ferramentas. Tecnologias como o reconhecimento facial e a análise preditiva exigem o processamento de grandes volumes de dados pessoais, o que pode resultar em violações de privacidade e até abuso de poder se não forem devidamente reguladas.
Além disso, a IA não está imune a falhas. Algoritmos podem reproduzir vieses existentes nos dados de treinamento, perpetuando desigualdades e preconceitos que comprometem a justiça nas operações de segurança. Para os especialistas, o sucesso da IA no setor está diretamente ligado ao estabelecimento de limites éticos e à criação de políticas que respeitem os direitos individuais.
Para entender melhor os avanços, desafios e o futuro da IA na segurança pública, confira o episódio especial do DIA²logo, o podcast do Programa IA² MCTI, disponível aqui.