Observatório Softex lança policy briefs sobre semicondutores e governança estratégica no Brasil

O Observatório Softex, unidade de pesquisa e inteligência estratégica voltada ao apoio na formulação de políticas públicas, anuncia a publicação de seus dois primeiros policy briefs dedicados ao setor de semicondutores. Os documentos utilizam o método TAPIC – Transparência, Prestação de Contas, Participação, Integridade e Capacidade – e traduzem análises complexas em recomendações práticas, fornecendo subsídios técnicos para decisões estratégicas de governos e empresas.

O primeiro estudo, “Diagnóstico e recomendações de governança no setor de semicondutores”, avalia a governança do ecossistema brasileiro de semicondutores, considerando instrumentos como o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria de Semicondutores (PADIS) e a Lei nº 14.968/2024, que instituiu o Programa Brasil Semicondutores. O diagnóstico aponta avanços em transparência e relatórios periódicos, mas identifica fragilidades em responsabilização, participação estruturada e capacidade institucional.

Com o mercado global de semicondutores projetado para atingir US$ 700 bilhões em 2025, impulsionado por inteligência artificial, veículos elétricos e computação de alto desempenho, decisões estratégicas nos próximos anos serão determinantes para o posicionamento competitivo do Brasil. Entre as recomendações estão a criação de um comitê de governança, a implantação de uma unidade gestora, o desenvolvimento de um portal único e mecanismos permanentes de monitoramento com indicadores públicos.

O segundo policy brief, intitulado “Governança Estratégica para o Setor de Semicondutores no Brasil”, propõe transformar o arcabouço legal recente em um programa coordenado de execução, com foco em reduzir dependência externa, formar e reter talentos especializados e estimular nichos estratégicos, como design de chips e atividades de back-end. O documento também aponta riscos, como descontinuidade política, sobrecapacidade produtiva e fuga de talentos, sugerindo medidas de mitigação, incluindo contratos plurianuais, cofinanciamento privado e atração de profissionais expatriados.

“Com esses estudos, reforçamos o papel do Observatório Softex como referência em dados e análises aplicadas à tecnologia da informação e comunicação, apoiando tanto o governo quanto as empresas na tomada de decisões estratégicas”, afirma Rayanny Nunes, Coordenadora de Inteligência e Design de Soluções da Softex.


Por Karen Kornilovicz

Agência Softex

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