Angela Ahrendts discute liderança humanizada e desafios da força de trabalho na era da IA no Gartner IT Symposium 2025

A executiva Angela Ahrendts, ex-CEO da Burberry e ex-vice-presidente sênior de varejo da Apple, detalhou sua visão sobre liderança humanizada e gestão de equipes em contextos de rápida transformação tecnológica. No painel de abertura desata quarta-feira (22), terceiro dia do Gartner IT Symposium/Xpo™, ela abordou estratégias para integrar dados e criatividade, além de métodos para envolver colaboradores na geração de soluções inovadoras, incluindo o uso de conselhos de inovação formados por funcionários jovens.

Ahrendts destacou a importância de coletar insights de múltiplas fontes, como clientes, colegas e funcionários, e de traduzir experiências operacionais em ajustes estratégicos. Ela citou exemplos de adaptação do varejo físico às necessidades digitais em lojas Apple, para atender a demandas emergentes de suporte e educação de clientes, refletindo serviços como música, pagamentos e aplicativos.

A executiva também enfatizou que métricas financeiras tradicionais devem ser acompanhadas de indicadores de pessoas e impacto, incluindo retenção, promoção e engajamento da equipe. Segundo ela, modelos de trabalho futuros devem combinar funções tradicionais, freelances e agentes de inteligência artificial, reforçando a necessidade de investimento equivalente em capacitação humana para acompanhar a evolução tecnológica.

Outro ponto abordado foi a importância de equilibrar análises de dados com criatividade e intuição, incentivando abordagens inovadoras em larga escala. Ahrendts mencionou a criação de experiências colaborativas, como transmissões ao vivo em 3D, e o uso de plataformas digitais para conectar milhares de funcionários e aproveitar inteligência coletiva, especialmente em organizações com grande número de colaboradores.

A executiva defendeu a aplicação de uma visão estruturada em três horizontes – passado, presente e futuro – para guiar decisões estratégicas de longo prazo. Segundo Ahrendts, práticas de reconhecimento, alinhamento cultural e participação ativa de equipes são fundamentais para sustentar a transformação, promover inovação contínua e preparar organizações para os impactos da inteligência artificial e da automação no ambiente de trabalho.

“Pergunte mais, presuma menos. O papel do líder é inspirar, se conectar e capacitar para que sua equipe faça o melhor trabalho de suas vidas. Os negócios não são um esporte individual”, concluiu Angela Ahrendts.

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Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

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