Com o lançamento do Observatório Nacional de Blockchain, uma plataforma que reúne informações sobre iniciativas, pesquisas e aplicações da tecnologia no país, o Brasil deu um novo passo na organização e desenvolvimento desse ecossistema. A proposta é oferecer um panorama atualizado do setor e estimular a adoção do Blockchain em diferentes segmentos da economia e do governo.
A criação do Observatório é fruto do Projeto Ilíada, desenvolvido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e pelo CPQD, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no âmbito do programa PPI-Softex. A iniciativa foi inspirada em modelos similares existentes na Europa e tem como objetivo conectar governo, universidades e setor privado para fortalecer o desenvolvimento da tecnologia no Brasil.
Entre os principais recursos da plataforma estão um mapa interativo de iniciativas, que mapeia startups, centros de pesquisa e projetos públicos; uma seção de casos de uso reais; e um conjunto de indicadores do setor, elaborado em parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). Esses dados permitem acompanhar a evolução da tecnologia no país, tanto no meio acadêmico quanto no mercado.
O Observatório também oferece um espaço dedicado à curadoria de conteúdos, incluindo artigos, vídeos, relatórios e oportunidades acadêmicas. Além disso, será criada uma Comunidade de Especialistas em Blockchain, que promoverá encontros virtuais e discussões em grupo por meio do LinkedIn, favorecendo a troca de experiências e a formação de redes de colaboração.
De acordo com Leandro Ciuffo, diretor adjunto da Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP, a proposta foi idealizada pela professora Fabiola Greve, da UFBA, e visa ser um repositório público e confiável sobre Blockchain no Brasil, promovendo o diálogo entre os diferentes agentes desse ecossistema.
A tecnologia Blockchain, frequentemente associada à Web 3.0, funciona como um banco de dados descentralizado, que registra informações de forma imutável e segura. No Brasil, já existem aplicações práticas, como a emissão de diplomas digitais pela RNP e a Carteira de Identidade Nacional, que utiliza Blockchain para garantir a autenticidade dos dados.
Por Karen Kornilovicz
Agência Softex