O mercado global de serviços de tecnologia da informação e negócios movimentou R$ 160 bilhões (US$ 29,2 bilhões) no segundo trimestre de 2025, estabelecendo um novo recorde, segundo relatório do Information Services Group (ISG), consultoria internacional especializada em tecnologia e inteligência artificial. O levantamento considera contratos de terceirização com valor anual mínimo de R$ 27,4 milhões (US$ 5 milhões). A alta é de 17% na comparação anual e marca o sétimo trimestre consecutivo de crescimento no segmento.
O avanço foi puxado principalmente pelos serviços baseados em Nuvem, especialmente os modelos “como serviço” (XaaS, na sigla em inglês), que cresceram 28% em relação ao mesmo período de 2024. Dentro desse grupo, a infraestrutura como serviço (IaaS) registrou receita de R$ 79,6 bilhões (US$ 14,5 bilhões), enquanto o software como serviço (SaaS) somou R$ 22,5 bilhões (US$ 4,1 bilhões), refletindo o avanço de aplicações com recursos de inteligência artificial.
Os serviços gerenciados também contribuíram com R$ 58,2 bilhões (US$ 10,6 bilhões), representando uma leve alta de 2,3% em relação ao ano anterior. O crescimento foi liderado pelos setores de transporte, energia e saúde. No entanto, o volume de novos contratos caiu 5%, e o número de contratos de grande porte – aqueles com valor anual acima de R$ 548 milhões (US$ 100 milhões) – também recuou, o que aponta certa cautela nos investimentos em tecnologia.
No acumulado do semestre, o mercado atingiu R$ 319 bilhões (US$ 58,3 bilhões), com destaque para o crescimento de 29% nas soluções em Nuvem. Já os serviços de engenharia, pesquisa e desenvolvimento (ER&D, na sigla em inglês) avançaram 31%, com alta na demanda de indústrias como telecomunicações, transporte e manufatura. A terceirização de processos de negócios (BPO), por outro lado, recuou 25% em relação ao primeiro semestre de 2024.
Para o ano completo, a ISG mantém sua estimativa de crescimento de 1,3% para serviços gerenciados e revisa para cima a previsão de alta em soluções em Nuvem, de 18% para 21%. O cenário, embora ainda envolto em incertezas macroeconômicas, segue sendo impulsionado pela corrida das empresas para integrar inteligência artificial às suas operações.
Por Karen Kornilovicz
Agência Softex, com informações Information Week