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Empreendedorismo feminino: transformando negócios e redefinindo o futuro do Brasil

Celebrado em 19 de novembro, o Dia do Empreendedorismo Feminino é uma oportunidade de reconhecer a crescente força das mulheres no mundo dos negócios e de refletir sobre os desafios que ainda enfrentam.

De acordo com o relatório técnico do Sebrae divulgado este ano, o Brasil conta com cerca de 30 milhões de empreendedores, sendo mais de 10 milhões liderados por mulheres. Esse número expressivo reflete uma mudança no panorama empresarial brasileiro, impulsionado por iniciativas que buscam a inclusão e a valorização do empreendedorismo feminino. 

Os dados mostram que a diversidade é uma marca do empreendedorismo feminino no Brasil. Segundo o Sebrae, 49,8% das empreendedoras se declaram negras. No entanto, desafios estruturais, como o acesso desigual a crédito, sobrecarga de trabalho doméstico e preconceitos de gênero, ainda limitam o pleno potencial dessas mulheres. Mesmo com avanços, o mercado segue predominantemente masculino, com homens representando 66,1% dos negócios em 2023. 

Em termos de perfil, 41,3% das empreendedoras possuem Ensino Médio e 20,5% Ensino Fundamental completo. A maior participação é de mulheres entre 30 e 39 anos, destacando uma faixa etária que combina experiência e energia para empreender. A maioria atua no setor de serviços (55,9%), seguido pelo comércio (25,4%), áreas que, tradicionalmente, oferecem maior entrada para novos negócios. Além disso, 52,1% das empreendedoras são também chefes de suas famílias, assumindo duplas responsabilidades de gestão. 

O mundo digital tem se mostrado um aliado crucial para as empreendedoras, oferecendo novas possibilidades para superar barreiras. O estudo WTech, produzido pelo Observatório Softex, destaca que, embora a participação feminina em tecnologia tenha aumentado, ainda existem lacunas significativas, como a remuneração inferior e a sub-representação em cargos de liderança. Por exemplo: as mulheres representam apenas 15,4% dos diretores e 18,7% dos administradores, números que caíram nos últimos anos. 

Essas estatísticas reforçam a importância de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas ao empoderamento feminino no mundo dos negócios. Programas de capacitação, incentivos financeiros e a promoção de lideranças femininas são essenciais para criar um ambiente mais inclusivo e equitativo e assim um futuro mais promissor e equilibrado para o nosso país.

Por Renata Blatt, Gerente de Marketing e Comunicação da Softex

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