A inteligência artificial generativa se mantém como uma prioridade máxima para a alta administração das empresas, impulsionando uma inovação acelerada em novos modelos e produtos para sua implementação. Essa rápida evolução das tecnologias e técnicas de IA generativa é inabalável, acompanhada por um hype considerável, o que torna o ambiente desafiador para os líderes de tecnologia.
No terceiro dia do Gartner IT Symposium/Xpo™, realizado em Orlando, na Flórida, a palestra “Ciclo de Expectativas para Inteligência Artificial Generativa”, conduzida por Arun Chandrasekaran, vice-presidente e analista da Gartner, foi um dos destaques da programação. A discussão destacou as principais técnicas e tecnologias que impulsionam uma das tendências tecnológicas mais transformadoras desta década.
Chandrasekaran enfatizou que a IA generativa não deve ser vista apenas como uma tendência passageira, mas sim como uma inovação essencial para o futuro das empresas. Ele apontou que a evolução contínua das tecnologias e técnicas associadas à IA generativa está envolta em um hype significativo, o que torna a navegação neste cenário ainda mais complexa para os executivos de tecnologia. “Temos a tendência de superestimar o efeito de uma tecnologia no curto prazo e subestimar o efeito no longo prazo”, afirmou o analista, citando a célebre Lei de Amara.
Durante a palestra, ele apresentou uma matriz de prioridades para a adoção em massa da IA generativa, indicando que as aplicações embutidas de IA generativa devem estar acessíveis em até dois anos. Por outro lado, a IA generativa multimodal e os modelos de linguagem de código aberto (Open-source LLMs) devem se consolidar entre dois e cinco anos, enquanto os agentes autônomos e os modelos específicos de IA generativa poderão levar de cinco a dez anos para se tornarem comuns no mercado.
Mas a implementação da IA generativa enfrenta barreiras significativas. Entre os principais desafios mencionados estão a implementação técnica, os custos associados às iniciativas de IA generativa, a escassez de talentos qualificados, a governança e a disponibilidade de dados.
Programas como o IA² MCTI, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e executado pela Softex, têm se mostrado fundamentais na redução dessas barreiras. Eles conectam projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) ao mercado, reunindo pesquisadores de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) brasileiras e conhecimento técnico especializado, para gerar soluções adaptadas às diversas necessidades de negócios.
Do Brasil para o mundo – Com uma delegação de 23 empresas, o Brasil marca presença mais uma vez no pavilhão de exposições do Gartner IT Symposium/Xpo™. São elas: Agile.Inc, Argotechno, Apura, CI&T, Conquest One, Digibee, Evo Systems, ilegra, Inevent, Fenix DFA, GoLedger, Levva, MC1, Orange Testing, Pappsales.Com, Pulsus, Sofist, Sofya, Stefanini, Team Ideas, TotalBot, TOTVs e Venturus.
Por Rayanne Nunes
Agência Softex