A consultoria norte-americana Forrester Research divulgou um novo estudo alertando que a adoção de inteligência artificial (IA) e automação sem uma estrutura operacional sólida pode gerar o efeito contrário ao esperado. Em vez de impulsionar produtividade e inovação, empresas com processos mal definidos tendem a ampliar falhas internas, desperdiçar recursos e comprometer resultados.
Segundo as analistas Vicki Brown e Laura Cross, autoras do relatório, os fluxos de trabalho internos são o alicerce da execução organizacional e do crescimento sustentável. Quando esses processos são ineficientes, a introdução de IA apenas acelera os problemas já existentes, criando um ciclo de desalinhamento e baixa performance. “A IA não corrige processos ruins, ela os amplia”, reforçam as especialistas.
Para enfrentar esse cenário, a Forrester apresentou um novo framework de otimização de processos B2B (Business to Business). A proposta orienta líderes de operações a diagnosticar gargalos antes de automatizar, priorizar ações de maior impacto, estruturar fluxos de trabalho escaláveis e promover uma cultura de melhoria contínua. O foco é reduzir ruídos operacionais e permitir que a tecnologia atue sobre bases sólidas.
O estudo também descreve aplicações práticas do modelo em áreas como pontuação de leads, orquestração de conteúdo e planejamento de receitas baseado em IA. Em todos os casos, o valor da automação depende diretamente da clareza e da consistência dos processos. A ausência dessa estrutura transforma a IA em uma fonte de complexidade adicional, e não de eficiência.
De acordo com a Forrester, a maturidade operacional será o fator determinante para definir quais empresas conseguirão escalar de forma sustentável no uso da IA. Organizações com processos bem mapeados tendem a colher benefícios reais, enquanto aquelas com fluxos fragmentados correm o risco de ampliar falhas sob o disfarce da inovação.
*Com informações IT Forum
Por Karen Kornilovicz
Agência Softex



































