Inteligência artificial na saúde deve crescer 300% até 2027, aponta KPMG

Um estudo recente da KPMG revelou que a adoção de inteligência artificial (IA) no setor de saúde e ciências da vida deve passar por um crescimento exponencial nos próximos três anos. Atualmente, 18% das empresas da área já utilizam IA de forma parcial ou ampla, mas esse número deve atingir 74% até 2027 — um salto de mais de 300%.

IA Generativa ainda engatinha, mas deve ganhar força

Apesar do avanço geral da IA, a utilização da IA generativa ainda é incipiente: apenas 8% das empresas já aplicam esse tipo de tecnologia. No entanto, a expectativa é que esse número suba para 42% nos próximos anos, demonstrando um forte potencial de expansão.

Segundo Leonardo Giusti, sócio-líder da KPMG no Brasil, as organizações do setor enxergam na IA uma aliada estratégica. “Mesmo com uma adoção ainda tímida, as perspectivas são bastante otimistas. A IA generativa, por exemplo, se destaca por sua capacidade de analisar grandes volumes de dados e gerar relatórios inteligentes, impactando diretamente áreas estratégicas”, afirma Giusti.

Empresas ainda estão em estágios iniciais de adoção

A pesquisa também avaliou o nível de maturidade digital do setor. Segundo os dados, 59% das empresas estão em fase de implementação da IA, enquanto 25% ainda estão nos estágios iniciais e apenas 16% se consideram líderes na utilização da tecnologia.

Além disso, o orçamento destinado à IA deve crescer de forma significativa. Hoje, as empresas da área de saúde e ciências da vida investem, em média, 7,3% do seu orçamento em iniciativas ligadas à inteligência artificial. A expectativa é que esse percentual suba para 8,6% até 2027.

Barreiras à adoção incluem privacidade e escassez de talentos

Apesar do entusiasmo, o avanço da IA enfrenta obstáculos importantes. Os principais desafios apontados pelos executivos entrevistados foram a segurança e a privacidade de dados, citadas por 59% dos participantes, seguidas pela falta de profissionais qualificados em tecnologia, mencionada por 53%, e pela dificuldade na coleta de dados relevantes e consistentes, apontada por 48%.

Ainda assim, o retorno sobre os investimentos (ROI) já começa a se materializar. No setor de saúde e ciências da vida, a média de ROI registrada com iniciativas de IA foi de 22%, segundo o levantamento.

O relatório completo está disponível para download aqui.

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

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