Segundo dados de pesquisa realizada pela Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos que fomenta o investimento anjo e apoia o empreendedorismo inovador no país, o volume de investimento anjo em startups aumentou 17% no ano passado em comparação a 2020, voltando aos níveis pré-pandemia de 2019.
A pesquisa também apurou a perspectiva dos investidores para 2022: um crescimento da ordem de 10%, insuficiente para a demanda das startups. Hoje, o volume de investimento no Brasil é apenas 0,7% do que é investido em startups nos Estados Unidos, que soma aproximadamente US$ 29 bilhões anualmente.
“Apesar da evolução que tivemos na última década no volume de investimento anjo, ainda estamos muito aquém do nosso potencial. Considerando a relação do PIB dos países é de cerca de 7 vezes, o investimento anjo no Brasil deveria ser de pelo menos R$ 10 bilhões. Para que o Brasil atinja todo seu potencial é necessária a criação de políticas públicas de fomento ao investimento em startups conforme recomendação da OCDE, que é aplicada em diversos países, incluindo todos os BRICS, exceto pelo Brasil”, destaca, Cassio Spina, presidente e fundador da Anjos do Brasil.
Segundo a entidade, foram aportados no ano passado mais de R$ 1 bilhão pelos investidores anjos brasileiros. A maioria dos investidores anjo brasileiros – que totalizam 7.834 – são brancos (91%), com 3% se declarando pretos, pardos ou indígenas, e 4% amarelos. Apenas 16% são mulheres.