Uma pesquisa realizada pela Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos que fomenta o investimento anjo e apoia o empreendedorismo inovador no País, revelou que, em 2022, o volume de investimento anjo recuou 2% em relação a 2021. Essa retração pode ser explicada por questões como ano eleitoral, as elevadas taxas de juros e a alta da inflação.
A pesquisa mostra, ainda, que esse panorama não deve progredir este ano. Ao contrário. A perspectiva dos investidores para 2023 é uma redução de, pelo menos, 4%. Essa é a pior expectativa desde o início da série histórica em 2011, sendo a primeira vez que projetam uma redução nos seus investimentos.
O volume de investimento no Brasil é apenas 0,7% do que é investido em startups nos Estados Unidos, que somam aproximadamente US$ 29 bilhões anualmente, por exemplo. Apesar da evolução alcançada na última década, ainda estamos muito aquém do potencial do país. Considerando que a relação do PIB dos países é de cerca de 14 vezes, o investimento anjo no Brasil deveria ser de pelo menos R$ 10 bilhões.
O relatório da Anjos do Brasil mostra que cada real investido retorna em R$ 5,84 para a economia, sendo R$ 2,21 em impostos; R$ 2,89 em salários e R$ 0,73 em despesas.
* Com informações Anjos do Brasil e Diário do Comércio