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Um planejamento sólido permite alinhar as capacidades da IA com os objetivos específicos do projeto, assegurando que a tecnologia seja aplicada onde realmente fará a diferença, evitando desperdícios e maximizando o retorno sobre o investimento.

No quinto episódio do DIA²logo, o podcast do IA² MCTI, exploramos exatamente como estruturar um planejamento de sucesso em IA. Convidamos dois especialistas renomados para compartilhar suas experiências: o Dr. William Cabral de Miranda, coordenador de desenvolvimento de projetos do CNPq e pesquisador científico do Instituto PENSI, e o Dr. Frederico Kremer, professor da Universidade Federal de Pelotas e pesquisador do Hub de Inovação em Inteligência Artificial. Eles discutem as lições aprendidas ao longo da jornada de aceleração de seus projetos, oferecendo insights valiosos para aplicar a IA de maneira estratégica e eficiente.

O Programa IA² MCTI é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação executada pela Softex com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital (Setad), e recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Ouça agora clicando aqui.

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

Segundo dados da terceira edição do “Relatório Indústria de Software e Serviços de TIC no Brasil”, elaborado pelo Observatório Softex, a indústria de TIC deverá crescer 6,8% em 2024, demonstrando a vitalidade e o potencial do setor no país.

O estudo, que combina uma pesquisa inédita com dados primários e informações de fontes oficiais, oferece uma análise detalhada do setor em dez capítulos. Entre os temas abordados estão o panorama brasileiro, tendências de mercado, comércio exterior, formação de profissionais, características das empresas, mercado de trabalho e investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

A expansão projetada para a indústria de TIC no Brasil está em sintonia com as tendências globais. Em 2023, os investimentos mundiais no setor de Indústria de Software e Serviços em Tecnologia da Informação e Comunicação (ISSTIC) cresceram 5,6%, atingindo US$ 3,7 trilhões, com previsão de superar US$ 4 trilhões em 2024. O mercado global é liderado pelos Estados Unidos, com 38% de participação, seguido pela China, enquanto a Índia se destaca com a maior taxa de crescimento, de 7,9%.

No Brasil, os gastos no setor de ISSTIC somaram R$ 552 bilhões em 2023, com previsão de alcançar R$ 590 bilhões em 2024. O setor contribuiu com R$ 321,4 bilhões para o PIB nacional, representando 3% do total. A distribuição regional desses investimentos, no entanto, revela desigualdades, com o Sudeste liderando e o Norte apresentando a menor participação. O relatório enfatiza a necessidade de estratégias e políticas públicas para manter a competitividade e sustentabilidade do setor.

O comércio exterior de TIC movimentou mais de US$ 13 bilhões em 2022, um aumento de 38,7% em relação a 2021. Apesar desse crescimento, o setor enfrenta desafios, como o déficit na balança comercial, que deve aumentar 33% até 2024, chegando a US$ 8 milhões. As importações superam as exportações em 14%, evidenciando a necessidade de políticas que estimulem a competitividade internacional das empresas brasileiras.

O relatório também examina a composição e o desempenho das empresas e do mercado de trabalho na ISSTIC. Em 2022, o setor representava 2,88% das empresas no Brasil, com a Indústria de Software concentrando 63,9% desse total. Em 2023, o saldo positivo de 19.804 novas vagas de trabalho demonstrou a forte demanda por jovens profissionais, mas a diversidade ainda é um desafio, com mulheres e negros representando apenas 7,8% e 5% da força de trabalho, respectivamente.

Os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Brasil têm enfrentado retração. Em 2020, foram investidos R$ 102 bilhões em Ciência e Tecnologia, representando 1,34% do PIB, uma queda de 4,29% em comparação ao ano anterior. Esse declínio reflete principalmente nos investimentos em P&D, que caíram de R$ 89 bilhões em 2019 para R$ 87 bilhões em 2020, e nas Atividades Científicas e Técnicas Correlatas, que também sofreram uma redução significativa.

O último capítulo do relatório é dedicado às startups, destacando que, em 2023, o Brasil tinha 12.040 startups ativas, refletindo um cenário empreendedor dinâmico, mas com desafios. Embora o número de novas startups tenha crescido de 2000 a 2018, houve uma queda após 2018. A maior parte das startups opera no modelo B2B, com maior concentração no Sudeste. Os setores com mais startups são Tecnologia da Informação, Saúde e Bem-estar, e Educação.

Clique aqui para acessar gratuitamente a íntegra da terceira edição do “Relatório Indústria de Software e Serviços de TIC no Brasil”.

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

Segundo o relatório The State of AI in Logistics 2023, da consultoria McKinsey & Company, os investimentos no setor de logística em 2023 cresceram 46% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 1,9 bilhão. O documento projeta que, até 2027, os investimentos em soluções de Inteligência Artificial na logística no Brasil alcançarão US$ 5,5 bilhões, refletindo uma taxa de crescimento anual composta de 37,3% entre 2023 e 2027.

Ao longo dos últimos anos, o setor logístico tem testemunhado uma transformação significativa com o surgimento do transporte autônomo, veículos que são capazes de operar e navegar de forma independente através de sistemas de IA. Essa tecnologia, que chega com a promessa de entregar maior eficiência, segurança aprimorada e sustentabilidade, está prestes a revolucionar o mercado.

Portanto, não é de se estranhar que entre os 35 projetos em fase de aceleração tecnológica pelo Programa IA² MCTI no setor de logística, um deles atue exatamente com mobilidade autônoma: a Lume Robotics, fundada em 2019 por pesquisadores do Projeto IARA (Intelligent Autonomous Robotic Automobile) do Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

O Sistema Lume de Mobilidade Autônoma, composto por hardware e software, permite que veículos trafeguem de forma totalmente autônoma, sem a necessidade de um motorista humano. O sistema é capaz de criar mapas e rotas de uma determinada região, e, com base nesses mapas e nas informações dinâmicas dos sensores, ele se localiza instantaneamente no ambiente mapeado. Além disso, o sistema é capaz de trafegar autonomamente, evitando obstáculos estáticos e dinâmicos, lidando com todos os elementos de trânsito e alcançando o destino predefinido.
A inovação da Lume Robotics posiciona o Brasil entre o seleto grupo dos países que dominam a tecnologia de mobilidade autônoma, um mercado que, segundo estudo da Strategy Analitics, movimentará cerca de US$ 800 bilhões até 2035 e mais de US$ 7 trilhões até 2050. 

Clique aqui para conhecer mais sobre a Lume Robotics e sobre os outros projetos em aceleração pelo Programa IA² MCTI.

A Inteligência Artificial está se consolidando como uma ferramenta essencial para impulsionar o crescimento das startups brasileiras. Segundo o levantamento Founders Overview 2024, realizado pelo Sebrae Startups em parceria com a ACE Ventures, 78% das startups inovadoras no Brasil já utilizam tecnologias que aplicam algoritmos e dados para automatizar processos e fornecer insights. Além disso, 65% relataram um aumento significativo em seu crescimento e eficiência operacional graças ao uso da IA.

Entre os setores que mais adotam a inteligência artificial, destacam-se as Edtechs (startups voltadas para a educação), que lideram com 9% de utilização. Em seguida, vêm as fintechs (8%), startups de tecnologia verde (5,5%), e aquelas ligadas à agricultura (5,5%), todas utilizando soluções inteligentes para otimizar suas operações.

A análise de dados é a principal função das ferramentas nas empresas brasileiras (27,4%), seguido pela automação de processos (24,8%), pela otimização do marketing (18,5%) e para a personalização da experiência do usuário (16,4%).

Entre as principais barreiras para a adoção da IA nas startups estão a escassez de talentos qualificados, apontada por 25,55% dos entrevistados, e os custos elevados de implementação, citados por 22,43%.

A inteligência artificial também se tornou um atrativo para investimentos, com 60% dos empreendedores relatando um aumento no interesse dos investidores em empresas que utilizam IA.

O Founders Overview 2024 entrevistou cerca de 900 empreendedores com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões.

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) desempenhará um papel central na implementação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, que prevê um investimento de R$ 1,76 bilhão para aprimorar os serviços públicos por meio do uso de inteligência artificial (IA).

O plano visa transformar o Brasil em um exemplo global de eficiência e inovação no setor público, desenvolvendo soluções que melhorem a oferta e aumentem a satisfação dos cidadãos com os serviços, promovendo o desenvolvimento e a inclusão social.

Para alcançar esse objetivo, o PBIA propõe a criação de um Núcleo de IA do Governo, sob a coordenação do MGI, com a participação de diversas instituições. Este núcleo terá a responsabilidade de desenvolver, treinar e implementar modelos de IA para o governo, além de identificar e estruturar projetos estratégicos na área.

Entre as entidades que participarão do núcleo estão o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), a Universidade de Brasília (UnB), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Outro destaque é a capacitação de 115 mil servidores públicos até 2026, com um investimento de cerca de R$ 7,5 milhões para que utilizem a IA em suas atividades. Além disso, o PBIA inclui iniciativas relacionadas à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), como a catalogação de 2.000 conjuntos de dados do governo federal até 2027, e o incentivo ao uso do programa Conecta GOV.BR, com a expectativa de economizar R$ 6 bilhões até 2026, através da redução das exigências de documentos dos cidadãos.

O plano também contempla a criação de uma nuvem de governo, com um investimento de até R$ 1 bilhão, para proteger dados sigilosos e garantir a privacidade e a disponibilidade das informações.

Conheça a íntegra do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial clicando aqui.

Por Karen Kornilovicz, com informações Governo Digital e Capes
Agência Softex

A área de sistemas embarcados  – espinha dorsal de inúmeros dispositivos e aplicações que utilizamos diariamente – oferece um campo extremamente promissor para os profissionais de tecnologia, tanto no Brasil quanto no exterior. 

Sistemas embarcados são programas criados para operar em um hardware específico, projetado para uma função única e solução particular. Eles são fundamentais para muitos dispositivos e aplicações que fazem parte do nosso cotidiano, desde eletrodomésticos inteligentes a sistemas automotivos complexos, passando por equipamentos médicos, dispositivos da Internet das Coisas (IoT) e robótica industrial.

No Brasil, o mercado de sistemas embarcados vive um momento de significativa expansão, em particular nos setores automotivo, de telecomunicações, saúde e manufatura. Grandes empresas e startups estão constantemente à procura de engenheiros e desenvolvedores, oferecendo posições que variam desde o desenvolvimento de software e firmware até a integração de sistemas e testes.

Profissionais brasileiros qualificados em sistemas embarcados também encontram um mercado global bastante receptivo. Países como Estados Unidos, Alemanha, Japão e Canadá possuem ecossistemas tecnológicos robustos e uma demanda constante por especialistas.

A habilidade de desenvolver, implementar e gerenciar sistemas embarcados é altamente valorizada no exterior, e a experiência adquirida no Brasil pode ser um diferencial competitivo. Programas de intercâmbio, parcerias internacionais e vagas remotas permitem que esses profissionais expandam suas fronteiras e explorem oportunidades globais, aproveitando a flexibilidade do trabalho remoto.

Os salários para profissionais de sistemas embarcados são competitivos e geralmente superiores à média de outras áreas de TI, refletindo a importância crítica dessas habilidades no mercado.

Reconhecendo essa demanda, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Softex, anunciou no início do mês de julho o lançamento do EmbarcaTech, programa que será executado pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE), Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Instituto Federal do Piauí (IFPI), Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Centro de Excelência em Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (CEPEDI) e HWBr (Hardware Brasil).

Ele está dividido em duas fases principais: uma capacitação inicial oferecida por meio de uma plataforma de Ensino a Distância (EaD) para seis mil alunos e uma residência tecnológica para 600 estudantes.

Todos os detalhes sobre o processo de inscrição serão divulgados em breve. Entretanto, os interessados já podem preencher o formulário disponível em https://embarcatech.softex.br/inscricoes/. Clique aqui para mais informações sobre o EmbarcaTech.

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

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