Durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI), realizada em Brasília nos dias 30 e 31 de julho, foi entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta do primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). A solenidade contou com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, do secretário-geral da conferência, Sérgio Rezende, e diversas outras autoridades.

O PBIA prevê a aquisição de um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo e um investimento de até R$ 23 bilhões ao longo de quatro anos. Seu objetivo é orientar o desenvolvimento e a aplicação ética e sustentável da inteligência artificial no Brasil. O plano abrange diretrizes que vão desde a pesquisa e o desenvolvimento até a regulamentação de práticas que garantam a segurança e a privacidade dos cidadãos. O investimento de R$ 23 bilhões será proveniente do orçamento, do FNDCT, de contrapartidas do setor privado, entre outras fontes.

A proposta visa equipar o Brasil com infraestrutura tecnológica avançada, com alta capacidade de processamento e alimentada por energias renováveis, incluindo o novo supercomputador. Também prevê o desenvolvimento de modelos avançados de linguagem em português, utilizando dados nacionais que reflitam nossas características culturais, sociais e linguísticas.

No PBIA, foram delineadas 31 ações em diferentes áreas, com impacto a curto prazo, voltadas para resolver demandas urgentes nos setores de saúde, educação, meio ambiente, agricultura, indústria, comércio, serviços, desenvolvimento social e gestão do serviço público.

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Por Karen Kornilovicz, com informações ASCOM MCTI
Agência Softex

A inteligência artificial tem revolucionado o setor agropecuário, oferecendo soluções que impulsionam sua competitividade e resiliência, alinhando-o com as demandas da sociedade e do meio ambiente.

No episódio mais recente do DIA²logo, o podcast do IA² MCTI, conversamos com duas especialistas sobre as novas tecnologias que estão transformando o campo. Renata Brandão Gois, sócia e coordenadora de projetos da Pastejo, e Vanessa Weber, diretora de conhecimento da KeroW, discutem como as inovações permitem aos produtores identificar e monitorar a saúde dos animais, criar protocolos personalizados de alimentação e cuidados, e gerenciar pastagens com mais eficiência.

O Programa IA² MCTI é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação executada pela Softex com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital (Setad), e recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

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Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

A aplicação da Inteligência Artificial (IA) no mercado de manufatura tem se mostrado revolucionária, trazendo inúmeras melhorias e inovações para o setor. E no epicentro desta transformação está o Programa IA² MCTI, que acelera 35 projetos de pesquisa de impacto. Entre eles, três se destacam por suas contribuições para a vertical de gestão de manufatura ao utilizarem a IA para transformar operações e processos industriais.

É o caso da startup Inflection Softwork que, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, está desenvolvendo um sistema de inspeção visual baseado em redes neurais convolucionais para detectar falhas de produção em processos de montagem. Essas redes neurais artificiais são especialmente eficazes para o processamento e análise de dados estruturados em grade, como imagens. Com a capacidade de realizar tarefas complexas de visão computacional – como reconhecimento de objetos e análise de vídeo – este sistema promete aumentar a eficiência e precisão nos mais variados setores da manufatura.

Outro projeto em aceleração está em curso na Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba,  com o objetivo de melhorar o acabamento e as propriedades das peças metálicas fabricadas por Manufatura Aditiva por Deposição à Arco. Utilizando IA, a pesquisa busca garantir consistência e eficiência nos processos industriais, promovendo avanços tecnológicos e colaborando para o crescimento industrial regional. A solução proposta pretende gerar produtos com microestruturas benéficas, propriedades mecânicas aprimoradas e boa resistência à corrosão, elevando o padrão de qualidade e competitividade da manufatura nacional.

Na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, um terceiro projeto se dedica ao desenvolvimento de uma plataforma de “IA Responsável”. Esta plataforma, munida de ferramentas computacionais, visa auxiliar desenvolvedores e organizações na implementação de modelos de IA alinhados com princípios éticos de sustentabilidade, responsabilização, interpretabilidade, equidade e segurança. A iniciativa busca assegurar que a adoção da IA na manufatura não só aumente a eficiência e inovação, mas também respeite os valores éticos e sociais.

A adoção estratégica da IA na manufatura representa um investimento crucial para empresas que buscam prosperar na era da produção moderna. Os projetos em aceleração no programa IA² MCTI exemplificam claramente como ela está revolucionando esse setor. Clique aqui para saber mais.