A inovação aberta é uma poderosa ferramenta de desenvolvimento tecnológico, permitindo a colaboração entre startups e grandes empresas para impulsionar avanços e soluções inovadoras.
No próximo dia 20 de junho, a partir das 15h30, dois painéis do SciBiz 2024, a maior conferência de conexão entre ciência e negócios da América Latina, analisarão dois casos de sucesso de projetos em aceleração pelo Programa IA² MCTI: NoHarm.ai e NINA.
O NoHarm.ai é um sistema inteligente que auxilia o farmacêutico clínico a cuidar do paciente, criando mais uma barreira para que eventos adversos evitáveis, como erros de medicação, não cheguem ao paciente. Ele utiliza algoritmos para otimizar a validação farmacêutica, priorizando prescrições fora do padrão e identificando pacientes críticos. O sistema se integra aos dados dos hospitais, indicando onde estão os potenciais erros de prescrições, aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar, além de reduzir custos. Com mais de 90 milhões de prescrições avaliadas em mais de 100 unidades de saúde, o sistema da NoHarm.ai já impactou mais de 1 milhão de pessoas, gerando mais de R$ 30 milhões em economia.
A NINA fornece tecnologia que pode ser integrada a diversos aplicativos para rastrear denúncias de assédio e violência, atendendo às normas de privacidade dos dados de usuários (LGPD). O assédio sexual é uma realidade na vida da maior parte das mulheres brasileiras: 71% conhecem alguma mulher que já sofreu assédio em espaço público e, um percentual impressionante, 97% dizem já ter sido vítimas de assédio em meios de transporte. A NINA não é um aplicativo, mas uma inteligência integrada a aplicativos, podendo ser incorporada ao WhatsApp, Cittamobi, Google Maps, Uber e outros.
Em Fortaleza, a NINA está integrada ao aplicativo Meu Ônibus. Caso uma vítima ou testemunha de assédio queira denunciar, pode enviar um formulário com detalhes da ocorrência (como local, horário e linha de ônibus) através dele. A gestão pública encaminha a vítima às autoridades para assistência psicossocial e, se necessário, para prestar queixa. A empresa de ônibus citada tem até 72 horas para encaminhar as imagens à Polícia Civil. Os dados das denúncias são disponibilizados aos gestores da cidade, proporcionando maior controle e informação sobre a ocorrência dos crimes. Em 18 meses de operação em 200 ônibus, mais de 3 mil denúncias foram coletadas, com uma em cada dez resultando em inquérito policial. Desde a incorporação da NINA, o download do app Meu Ônibus Fortaleza cresceu 25%.
O Programa IA² MCTI é uma iniciativa do MCTI executada pela Softex com o apoio do CNPq e da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
O SciBiz 2024 será realizado de 17 a 21 de junho no INOVA USP e no CDI (Centro de Difusão Internacional) da Universidade de São Paulo (USP). Garanta já a sua inscrição clicando aqui.
Por Karen Kornilovicz
Agência Softex