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É estimulante observar o impacto positivo que o emprego da inteligência artificial (IA) no setor de saúde já vem obtendo e ainda tem o potencial de alcançar nos próximos anos. Ela tem a capacidade de revolucionar a maneira como cuidamos de nossa saúde, de melhorar a precisão diagnóstica, de personalizar tratamentos, de impulsionar a eficiência operacional e a pesquisa médica.

E uma das áreas mais evidentes desse impacto é na precisão diagnóstica. Algoritmos de IA já comprovaram ter uma extraordinária capacidade para analisar grandes volumes de dados – como imagens de ressonância magnética e tomografias – identificando padrões que podem escapar à percepção humana.

Recentemente, um estudo da revista Nature Medicine descobriu que sistemas de IA superaram radiologistas na detecção de lesões em imagens de mama, ressaltando a promessa dessa tecnologia para melhorar a detecção precoce de doenças como o câncer de mama, a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.

Na pesquisa médica e no desenvolvimento de novos tratamentos a IA também tem sido uma grande aliada, auxiliando cientistas na identificação de padrões complexos que poderiam levar a avanços na compreensão e no tratamento de muitas doenças.

A IA tem sido fundamental ainda na personalização de tratamentos. Ao analisar dados de pacientes, incluindo histórico médico, perfil genético e respostas a tratamentos anteriores, os sistemas de IA podem gerar recomendações altamente específicas para cada indivíduo, gerando maior eficácia do tratamento e reduzindo os efeitos colaterais.

Entre os 35 projetos de pesquisa de impacto que fazem uso de IA em processo de aceleração tecnológica pelo Programa IA² MCTI, 14 são da vertical de saúde e, um deles, a OncoAI, trabalha justamente na personalização por meio do desenvolvimento de produtos que reduzem a probabilidade de recidiva de câncer de mama e de pulmão.

Um relatório da Accenture estima que o uso de IA na saúde poderia gerar economias de até US$ 150 bilhões nos Estados Unidos até 2026, principalmente devido à redução de readmissões hospitalares e custos com medicamentos.

Também estão em aceleração pelo Programa IA² MCTI, entre outros, projetos de segurança do paciente no ambiente hospitalar, apoio ao diagnóstico emergente e estadiamento do câncer de colo de útero, identificação neonatal, plataforma SaaS para a prospecção de drogas antitumorais, prospecção de ativos biotecnológicos e previsão de atendimento e internação hospitalar infantil por doenças respiratórias.

Apoiando o avanço da inteligência artificial, estamos não apenas prolongando a vida humana, mas também aprimorando de forma significativa a qualidade dessa jornada.

Quer saber mais sobre os projetos do segmento de saúde que estão sendo aceleradas no Programa IA² MCTI? Então clique aqui

No Dia Mundial das Meninas em TICs, celebrado em 25 de abril, o Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da entidade, lança o “W-Tech – O panorama da participação feminina no setor de TICs”, seu terceiro artigo da série Observando.

Utilizando dados de fontes oficiais, o levantamento traz uma análise sobre a representatividade feminina na indústria, o perfil das profissionais de TI que atuam neste setor no Brasil, as principais lacunas e tendências, além de insights para alcançar a necessária equidade de gênero.

A falta de representatividade feminina tem sido uma preocupação na Indústria de Software e Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (ISSTIC). Embora os esforços e os investimentos em políticas de diversidade busquem incentivar o aumento dessa participação e promover a equidade de gênero no setor, os dados indicam que ainda há um longo caminho a ser percorrido nessa jornada. E não apenas no Brasil, mas em âmbito mundial. Dados de 2023 indicam que, globalmente, as mulheres ocupam apenas 26,7% dos empregos no setor de tecnologia.

Apesar de as mulheres comporem a maioria da População em Idade Ativa (PIA) no país – cerca de 51% – a indústria tecnológica ainda é predominantemente masculina, com os homens representando cerca de 75% dos profissionais.

A participação de profissionais femininas na ISSTIC cresceu de 33.196 em 2015 para 43.990 em 2021, um aumento de 32,5%, sendo que a presença é de 25% Indústria de Software, 23% nos Serviços de TICs e 13% no setor de Telecom. No caso masculino, esse aumento foi de 31,6%.

A proporção de mulheres permaneceu estável em várias ocupações, como analistas (26%), engenheiros (12%), gerentes (32%), programadores (22%) e tecnólogos (23%). No entanto, houve uma queda na representação feminina em ocupações como diretores (de 22,0% para 15,4%), administradores (de 20,6% para 18,7%) e técnicos (de 11,3% para 6,5%). Além disso, as mulheres receberam em média 79% do salário pago aos homens.

“Com uma remuneração inferior à masculina, uma sub-representação na força de trabalho na ordem de 25% e ocupação de apenas 32,1% nos cargos gerenciais, fica evidente que este cenário requer uma aceleração significativa em direção à meta ambiciosa de atingir 50% de representação feminina até 2030. O ajuste desta disparidade está ocorrendo de maneira extremamente lenta, sugerindo que políticas, investimentos, incentivos e promoção das mulheres devem ser priorizados para agilizarmos o processo de equidade no setor de TICs”, alerta Elisa Carlos, head de operações da Softex.

Cientes do impacto desse gargalo, governo, empresas e academia têm somado esforços para promover a diversidade de gênero nesse setor, oferecendo programas de capacitação, mentorias e espaços inclusivos para encorajar mais mulheres a ingressarem e se destacarem na área de tecnologia da informação. Apesar disso, em 2021 apenas 16,5% das matrículas em cursos da área eram de mulheres.

“A acelerada evolução tecnológica exige profissionais altamente qualificados, e o ensino superior e cursos de qualificação podem oferecer o conhecimento e as habilidades necessárias para aumentar a força de trabalho feminina e reduzir as disparidades salariais no setor de ISSTIC”, conclui Elisa Carlos.

A importância das mulheres na ISSTIC transcende a mera busca pela equidade de gênero, pela valorização da diversidade e pela não desperdício de talentos preciosos. Assegurar oportunidades equitativas para as mulheres neste setor estratégico é crucial para impulsionar o desenvolvimento econômico, fomentar a inovação e, consequentemente, moldar o futuro do país.

Clique aqui e baixe o conteúdo completo do artigo “W-Tech – O panorama da participação feminina no setor de TICs”.

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

Com 850 inscritos – 141,6% acima do esperado – o Programa de Residência em Microeletrônica – CI Inovador encerrou o processo de inscrições para os interessados em disputar as 250 vagas disponíveis para a fase de capacitação, que será realizada de forma presencial e terá duração de seis meses. A prova de seleção foi realizada no último dia 24 de abril com 30% das vagas sendo destinadas ao público feminino.

Nesse período, os participantes terão acesso a aulas teóricas e práticas ministradas por profissionais altamente qualificados. Ao final, os alunos aprovados receberão o certificado de conclusão, sendo que durante todo o programa será oferecida uma bolsa para os estudantes.

São Paulo foi o estado que registrou o maior número de inscrições (198), seguido pela Paraíba (115),  Rio Grande do Sul (103), Distrito Federal (51) e Paraná (43). Os cursos serão ministrados em 8 instituições parceiras: Universidade Federal de Brasília (UnB); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O mercado de microeletrônica desempenha um papel fundamental na economia global, impulsionando a inovação e o desenvolvimento. E, à medida que a tecnologia avança, aumenta a demanda por especialistas em microeletrônica, cenário que cria uma janela promissora de oportunidades para profissionais com experiência, conhecimento especializado e interesse em investir em educação continuada para se manterem sempre atualizados.

Além disso, a indústria de semicondutores está registrando uma tendência ascendente na demanda por chips generativos de inteligência artificial (IA). Segundo dados da consultoria Gartner, a receita global de semicondutores deverá crescer 16,8% em 2024, totalizando US$ 624 bilhões.

O Programa CI Inovador é uma iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Softex, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e de diversos parceiros acadêmicos. Além de contar com o apoio da Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SBMicro) e da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).                        

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

Um dos mais importantes encontros de tecnologia e inovação do mundo, o Web Summit Rio, realizado na capital carioca entre os dias 15 e 18 de abril, reuniu diariamente mais de 34 mil pessoas de 102 países, público 61% superior ao registrado no ano passado.

Esta edição se destacou por registrar o maior número de startups fundadas por mulheres, representando 45% das mais de 1.000 participantes. Além disso, as mulheres conquistaram outros marcos significativos, compreendendo 47,5% do total de participantes e contribuindo com 39% dos 518 palestrantes e debatedores.

O Web Summit Rio 2024 foi palco de discussões importantes sobre inovação e tecnologias emergentes. A inteligência artificial, mais uma vez, se mostrou uma força poderosa, não apenas impulsionando a eficiência na agricultura e nas finanças, mas também elevando a experiência musical a novos patamares. As criptomoedas capturaram a atenção do público, com debates sobre seu papel no cenário econômico global. O big data emergiu como uma ferramenta essencial para a tomada de decisões informadas em diversos setores. Além disso, questões sobre a interferência da geopolítica evidenciaram a ligação cada vez mais complexa entre política e inovação.

A Softex marcou presença como jurada e mentora do PITCH, espaço dedicado ao concurso de startups, desenvolvido em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A vencedora foi a Deco.cx, startup brasileira especializada na criação de na criação de sites e que tem em seu portfólio clientes Zee.Dog, Embelleze, Osklen e Baw.

Nas mentorias, as startups Aspa, Wavingtest, Tools.Law, Cecyber e Biometrio.Earth tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre os programas de aceleração e de acesso a recursos equity free oferecidos pela Softex, como Conecta Startup Brasil, e de internacionalização, o Brasil IT+.

Este é o segundo ano consecutivo que a cidade do Rio de Janeiro sedia o Web Summit. O evento foi fundado em Dublin, na Irlanda, e passou a ser realizado tradicionalmente em Lisboa. Em 2023, ele ganhou as edições na América Latina (Brasil) e no Oriente Médio (Qatar).

Por Karen Kornilovicz e Fabrício Santos
Agência Softex

A Deco.cx, startup brasileira especializada na criação de sites, conquistou o primeiro lugar no PITCH, a prestigiada competição de startups do Web Summit Rio 2024.

Nessa acirrada disputa, a Deco.cx enfrentou concorrentes de peso, como a Voxcell BioInnovation, uma empresa canadense de biotecnologia focada no desenvolvimento de tecidos vascularizados para o tratamento do câncer através da impressão 3D, e a ManyContent, uma plataforma brasileira que utiliza inteligência artificial para produção de conteúdo para redes sociais.

No final do ano passado, a Deco.cx obteve um investimento inicial de US$ 2,2 milhões em uma rodada seed liderada pela Maya Capital, uma gestora de investimentos especializada em startups na América Latina. Esses recursos serão direcionados para expandir o negócio, visando especialmente grandes clientes. Para o ano de 2024, a empresa projeta um faturamento entre US$ 1 milhão e US$ 2,5 milhões, dependendo dos resultados da sua expansão para no mercado norte-americano.

Há dois anos no mercado, a Deco.cx foi fundada por três ex-executivos da VTEX. Ela possui 65 contratos assinados e 35 sites em implementação. Integram seu portfólio de clientes Zee.Dog, Embelleze, Osklen e Baw.

O PITCH desta edição do Web Summit Rio reuniu 40 startups de diversos países e foi relizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A competição teve como jurados e mentores quatro especialistas da Softex:  Bárbara Maciel, líder de inovação; Caio Bastos, líder de novos negócios & parcerias; Rayanny Nunes, coordenadora de novos negócios; e Victória Ribeiro, líder operacional de programas de inovação.

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex

Cinco startups Aspa, Wavingtest, Tools.Law, Cecyber e Biometrio.Earth  – tiveram a oportunidade de participar nesta quarta-feira (17) de uma seção de uma hora de mentoria com Bárbara Maciel, líder de inovação, e Victória Ribeiro, líder operacional de programas de inovação da Softex, durante o  Web Summit Rio 2024.

Após um pitch de introdução, elas apresentaram o desafio que estão enfrentando para o crescimento de seus negócios, incluindo transição da fase de pré-receita para a pós-receita, captação de recursos e internacionalização.

“Há anos a Softex vem atuando como uma peça-chave na promoção e no desenvolvimento do ecossistema de startups e de tecnologia no país, agindo como um facilitador e um catalisador de oportunidades para empreendedores e empresas tanto no cenário nacional como internacional”, explica Victória Ribeiro.

Durante a mentoria, as startups tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre os programas de aceleração e de acesso a recursos equity free oferecidos pela Softex, como Conecta Startup Brasil, e de internacionalização, o Brasil IT+.

Atuando em cooperação com outros agentes do setor, a Softex oferece uma ampla rede de conexões e parcerias com empresas, ICTs, governos e investidores. Além disso, desempenha um papel fundamental na criação e na implementação de programas de capacitação e aceleração para empreendedores e startups. Esses programas oferecem orientação especializada, acesso a mentores, além de oportunidades de financiamento e networking, capacitando assim os participantes a desenvolverem negócios de sucesso. Em seu portfólio, a Softex reúne mais de 600 startups e 6 mil empresas.

Outro aspecto importante do trabalho da Softex é sua advocacia pela inovação e pelo empreendedorismo junto ao governo e às instituições públicas por meio do estímulo à criação de políticas públicas que incentivem o crescimento do ecossistema de inovação nacional.

Por Karen Kornilovicz e Fabrício Santos
Agência Softex

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