O presidente da Softex, Ruben Delgado, apresentou na tarde desta quarta-feira (27), no auditório do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília, os resultados dos Programas e Projetos Prioritários na área de segurança cibernética. Durante sua exposição, o presidente destacou a importância da Softex em seus 27 anos de atuação e o papel fundamental da entidade no cenário da segurança cibernética.
Na oportunidade, Delgado apresentou os avanços do Programa Prioritário de Interesse Nacional (PPI) Softex, trazendo dados impactantes: mais de 112 mil pessoas capacitadas, treinamento de mais de 3 mil profissionais, concessão de mais de 11 mil bolsas, produção de mais de 4 mil publicações científicas e técnicas, e execução de 94 projetos conduzidos por 59 instituições parceiras.
“A oportunidade de abrir os trabalhos e compartilhar o impacto das nossas ações é uma grande honra. Esses resultados reafirmam o compromisso da Softex em fortalecer o ecossistema de inovação no Brasil”, afirmou Ruben Delgado.
Instituições Apresentam Resultados de Projetos Inovadores no PPI Softex
Durante o evento, diversas instituições ligadas ao PPI Softex apresentaram os resultados de seus projetos, com destaque para inovações tecnológicas nas áreas de computação de alto desempenho, inteligência artificial e tecnologias de informação.
O primeiro a se apresentar foi o Instituto de Pesquisas Eldorado, por meio do projeto PDI 18, que visa o desenvolvimento de um Acelerador para Multiplicação de Matrizes com aplicações em HPC (High-Performance Computing) e IA (Inteligência Artificial). O Professor Guido Araújo detalhou os avanços no desenvolvimento de modelos de software para simulação funcional e a criação de um módulo para a Matrix Processing Unit (MPU), que poderá ser integrado à plataforma RISC-V. Essa tecnologia promete colocar o Brasil na vanguarda da aquisição tecnológica na área, permitindo o desenvolvimento de clusters para HPC/IA. A iniciativa conta com a parceria do Barcelona Supercomputing Center (BSC) da Espanha.
Em seguida, José Gustavo Gontijo, do Instituto Hardware BR (HBR), falou sobre o desenvolvimento de protótipos de equipamentos para geração de imagens médicas. O projeto inclui a criação de um tomógrafo computadorizado com inovações no uso de detectores contadores de fótons (PCDs) para detectar raios-X, além de um mapeador de veias e um tomógrafo de coerência óptica (OCT), trazendo avanços significativos para a área da saúde.
Andressa Herbele, da Pix Force, apresentou a primeira edição do segmento Indústria do IA MCTI. Ela explicou o trabalho da empresa no desenvolvimento de soluções baseadas em inteligência artificial aplicadas à visão computacional. Essas soluções transformam imagens obtidas por câmeras, drones e satélites em informações valiosas de forma mais rápida, precisa e econômica do que a visão humana.
Cláudio Costa Fortier, representante da iRede e da Universidade Estadual do Ceará (UECE), apresentou o projeto “Residência em TIC 10 – Plataforma EAD Adaptativa”. Ele detalhou a criação de um programa inovador de capacitação em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), direcionado a jovens de graduação e estudantes de cursos técnicos do ensino médio. O projeto não apenas responde à crescente demanda do mercado por profissionais qualificados, mas também promove o desenvolvimento socioeconômico, especialmente entre jovens de comunidades públicas, ampliando suas perspectivas e oportunidades.
Por fim, Alexandre Braga, do CPQD, trouxe informações sobre o projeto “Residência em TIC 11”, focado na capacitação em larga escala de pesquisadores, profissionais e estudantes. Por meio de pesquisa aplicada, o projeto propõe um modelo escalável e inovador de treinamento tecnológico, que será disponibilizado pelo CPQD, credenciado ao CATI. A iniciativa busca fortalecer a formação de talentos na área de TIC, contribuindo para atender às demandas do setor e impulsionar a competitividade tecnológica do Brasil.
Por Fabrício Lourenço
Agência Softex