A aplicação da inteligência artificial (IA) no setor financeiro tem ganhado força nos últimos anos no Brasil, especialmente em uma área bastante sensível: a gestão de inadimplência. Em março deste ano, o país alcançou um recorde de 69,66 milhões de consumidores inadimplentes, o equivalente a 42,01% da população adulta.
A IA pode, por exemplo, automatizar negociações com devedores, personalizando abordagens com base em dados comportamentais, além de testar e otimizar estratégias de cobrança em tempo real, aumentando a eficiência dos processos.
Entre os 35 projetos de pesquisa aplicada com uso de IA em fase de aceleração tecnológica pelo Programa IA² MCTI, destaca-se uma parceria entre a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e a startup Monest. O projeto explora abordagens de aprendizado de máquina para prever taxas de inadimplência e intenção de recuperação de crédito, com base em indicadores socioeconômicos, macroeconômicos e dados extraídos de portais de notícias e mídias sociais.
O objetivo é inovar na análise de negativação e recuperação de crédito, buscando identificar relações de alta ordem entre indicadores e eventos externos — como notícias e menções em redes sociais — com os índices de inadimplência e a predisposição ao pagamento. A proposta amplia a perspectiva de análise tradicional, utilizando IA para detectar padrões que antes passariam despercebidos.
Um dos principais diferenciais da Monest é a MIA — uma agente de IA autônoma e humanizada que conduz toda a negociação com os devedores. Capaz de realizar interações completas por meio de canais como o WhatsApp, a MIA atua de forma 100% automatizada, sem necessidade de intervenção humana. Essa automação permite que milhares de negociações ocorram simultaneamente, com linguagem natural e empática, 24 horas por dia, oferecendo agilidade para os credores e mais acessibilidade para os devedores.
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