No próximo dia 7 de julho, durante a visita oficial do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi ao Brasil, o Rio de Janeiro receberá o Fórum Econômico Brasil-Índia.
O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reunirá autoridades e empresários dos dois países para discutir novas parcerias em áreas estratégicas como segurança energética, indústria farmacêutica, segurança alimentar e inovação tecnológica. A Softex participará da programação representada por seu presidente, Ruben Delgado.
Organizado pela ApexBrasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Câmara de Comércio Índia-Brasil (CCIB), o fórum visa ampliar o intercâmbio comercial e tecnológico entre os dois países.
Terceiro maior ecossistema de startups do mundo
A Índia tem se destacado como um dos principais centros de inovação do mundo. Segundo o Índice Global de Inovação 2024, o país ocupa a 40ª posição entre 132 nações, mantendo a liderança entre as economias de renda média-baixa. Com mais de 110 mil startups ativas e 116 unicórnios – empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, a Índia figura hoje como o terceiro maior ecossistema de startups do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Boa parte desse avanço é resultado de iniciativas como o programa Startup India, lançado em 2016, que oferece isenções fiscais e desburocratização para novos empreendimentos, além do Atal Innovation Mission, que promove a cultura de inovação desde o ensino básico até o ambiente universitário. Em paralelo, o país investe em inteligência artificial, computação quântica, energia limpa e saúde digital por meio de políticas públicas estruturadas.
O setor privado também impulsiona o cenário: em 2024, mais de US$ 22 bilhões (cerca de R$ 119 bilhões) foram aplicados em startups indianas por fundos de venture capital. O país ainda investe cerca de 0,7% de seu Produto Interno Bruto em pesquisa e desenvolvimento, somando aproximadamente US$ 61 bilhões (R$ 330 bilhões) ao ano.
As principais cidades inovadoras incluem Bangalore, conhecida como o “Vale do Silício indiano”, além de Hyderabad, Pune, Mumbai e Chennai. Esses centros concentram empresas de tecnologia, incubadoras, aceleradoras e centros de P&D vinculados a universidades como os Indian Institutes of Technology (IITs) e os Indian Institutes of Management (IIMs).
Com um ambiente regulatório mais amigável, capital humano abundante e acesso a mercados de larga escala, a Índia consolida sua posição como um dos polos de inovação mais estratégicos do mundo. O país continua atraindo atenção internacional não apenas por seu crescimento econômico, mas pelo avanço acelerado na digitalização e no desenvolvimento tecnológico.