Iniciativa da Softex apoiará 30 projetos inovadores focados em IoT, Saúde, Energia e Mobilidade
A Softex, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), anunciou o lançamento do Programa TechD de apoio a tecnologias emergentes. O evento de apresentação, realizado no inovaBra, em São Paulo, reuniu mais de 140 participantes entre executivos de startups, empresas brasileiras, centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I), Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica (ICTs) e universidades.
Acompanharam a apresentação do programa Thiago Camargo, Secretário de Políticas Digitais do MCTIC; Otavio Viegas Caixeta, Diretor da Secretaria de Políticas Digitais do MCTIC; Ruben Delgado, presidente Softex; além de representantes da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), instituições parceiras da iniciativa.
Sob a gestão da Softex, o TechD contará com recursos não reembolsáveis da ordem de R$ 18 milhões para impulsionar projetos inovadores focados em quatro linhas temáticas: IoT, Saúde, Energia e Mobilidade.
A missão do programa é fazer a ponte entre o universo empreendedor e o de pesquisa, gerando negócios inovadores e contribuindo para o fortalecimento do Sistema Nacional de Inovação Brasileiro por meio da integração e da maior convergência entre startups, centros de P&D, universidades e empresas do setor produtivo em geral que possam se interessar pelas tecnologias propostas.
“Esse orçamento vem do PPI (projetos prioritários de inovação), de recursos da Lei de Informática, e optamos em utilizá-los para conferir agilidade para produzir mais e mais rápido. Inicialmente, pretendemos apoiar 30 projetos”, disse o Secretário Thiago Camargo na abertura do evento.
O TechD contará na primeira rodada com recursos da ordem de R$ 13 milhões para investimentos em bolsas para pesquisadores e para apoio direto a projetos de pesquisa por meio das ICTs – sendo 50% recursos do programa e 50% dos parceiros – além da expectativa de captação de mais R$ 4 milhões junto às empresas consumidoras de tecnologia. Em uma segunda rodada, serão aportados pela Softex mais cerca de R$ 6 milhões.
A realização do TechD está dividida em três fases. A primeira, focada na assinatura de parcerias com as instituições com capacidade de desenvolvimento tecnológico dentro das quatro linhas temáticas já foi encerrada e firmou 29 acordos.
Na sua segunda fase o convite é para grandes empresas – as chamadas empresas-âncora – que tenham interesse em consumir ou investir nesses temas. A chamada pública já foi realizada e as participantes serão anunciadas em agosto.
A terceira etapa envolve a chamada pública para que startups ou pesquisadores proponham projetos que apresentem soluções a serem validadas no mercado. Como plataforma de testes os participantes utilizarão as necessidades das empresas-âncora do programa. As soluções desenvolvidas também serão validadas junto ao seu mercado potencial tanto no Brasil como no exterior.
Para sustentar a importância dos investimentos em P,D&I, o lançamento da segunda fase do TechD incluiu a apresentação das iniciativas em open innovation da Vale S.A, da CPFL, da Votorantim e da Portal Telemedicina.
Motivação e benefícios – O TechD surgiu de um levantamento realizado pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI), vinculado à Secretaria de Políticas Digitais (SEPOD) que, reconhecendo as necessidades de acompanhar as tendências tecnológicas mundiais, elencou algumas áreas temáticas consideradas prioritárias, com destaque para soluções de Inteligência Artificial, IoT, Computação Cognitiva e de Alto Desempenho, Big Data & Analytics, Tecnologias em Nuvem e Cibersegurança.
Os desafios gerados por essas novas tecnologias exigem tanto do ambiente empreendedor e acadêmico como também das empresas o conhecimento e a capacidade de integrar software, hardware e serviços de TI no desenvolvimento de aplicações complexas.
Além de tornar a produção científica uma importante ferramenta no posicionamento mundial do setor de software, hardware e serviços de TI, o TechD colaborará para o desenvolvimento de tecnologias com maior valor agregado e que possam contribuir para melhorar o ranking do Brasil como país inovador. Hoje, figuramos na 99ª posição no Global Innovation Index 2017.
O MCTIC e Softex apontam ainda entre os benefícios gerados pelo TechD o desenvolvimento de competências para P,D&I em IoT, Saúde, Energia e Mobilidade; a transferência tecnológica entre empresas, ICTs e startups; o aumento do número de patentes e registros, a redução dos custos na utilização de tecnologias habilitadoras por empresas brasileiras e o aumento da exposição no exterior de companhias e soluções brasileiras de alto valor agregado. A sociedade também será favorecida direta ou indiretamente através das tecnologias desenvolvidas e dos empregos e especializações gerados.
“O apoio às atividades de P,D&I que visem negócios inovadores alinhados às novas tendências tecnológicas permitirá construir uma competência nacional para o desenvolvimento de aplicações avançadas de software, hardware e serviços de TI, contribuindo para posicionar o Brasil como um dos protagonistas mundiais do setor, tornando o país menos dependente de tecnologias internacionais, produzindo serviços inovadores de maior valor agregado e altamente competitivos no mercado internacional”, explica Ruben Delgado, presidente da Softex.
Para mais informações sobre o TechD acesse: http://techd.softex.br/